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não investir em poupança

4 motivos para não investir na poupança nunca mais

  • Educação Financeira
  • 10, setembro 2020
  • 3 min de leitura
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O investimento na poupança, apesar de ser um dos menos rentáveis, é o mais utilizado pelos brasileiros. É o que mostram os dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) onde 82% da população ainda possui uma caderneta de poupança.

Apesar da leve queda de ano para ano – em 2018 a porcentagem ficou em 88% e em 2017 fechava em 89% -, parece que estamos longe de ver o brasileiro colocando o seu dinheiro em rendimentos mais vantajosos.

E você, ainda deixa seu dinheiro na poupança? Então vamos dizer 4 motivos neste post do porquê este investimento é desvantajoso e como você pode achar melhores opções para fazer seu dinheiro render. Veja só:

4 motivos para não investir na poupança

1. Baixo rendimento

O rendimento da poupança corre sempre do lado da inflação e, na verdade, no cenário econômico atual, o rendimento chega a ser negativo se formos considerar o seu poder de compra. Vamos explicar: a poupança é calculada com 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR). Quanto menor a Taxa Selic, menor será seu rendimento na poupança pois elas estão atreladas. Considerando que a Taxa Referencial está zerada, já começamos mal.

Mas o ponto decisivo aqui é a Selic. Em agosto, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic de 2,25% para 2%.

Então, por exemplo:

  • Se a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano: a poupança rende 0,5% + Taxa Referencial;
  • Se a taxa Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano: a poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial

Em outras linhas, caso você aplique hoje R$ 1.000, seu rendimento será de 0,12% ao mês, ou 1,4% ao ano, totalizando um rendimento de apenas R$ 14 se considerarmos uma Selic a 2%.

Considerando que a projeção de inflação, segundo o Boletim Focus, é de 3,6%, tudo o que você teria ganho de rendimento na poupança, na verdade, não preservou seu poder de compra, ou seja, você perdeu dinheiro.

2. Poupança não é tão segura

As regras da poupança podem ser alteradas pelo Governo Federal e isso pode impactar muito no seu rendimento. Um exemplo disso foi a mudança que começou a vigorar depois do 3 de maio de 2012, da qual separou a “antiga poupança” da “nova poupança”. Esta passou a ter uma nova forma de rentabilidade com a Taxa Referencial (TR) menor que 0,5%.

Essa ação deixou o rendimento da poupança ainda mais ínfimo, e não há muito o que se possa fazer para não ser afetado por estas medidas. Ademais, também não devemos esquecer do confisco da poupança em 1990, quando o Governo Collor anunciou a retenção temporária das cadernetas de poupança, estabelecendo um teto máximo de saque de 50 mil cruzados por um período de 18 meses, além da correção monetária e juros de 6% ao ano.

Um verdadeiro caos foi instaurado com esta medida que deixou a população profundamente insatisfeita – além de outros escândalos de corrupção envolvendo o presidente – que culminou em um impeachment no fim de 1992.

Além disso, muitos alegam que a poupança é segura pois, caso um banco vá à falência, você pode recuperar até R$ 250.000 do investimento, garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Mas, na verdade, o FGC também resguarda seu dinheiro em investimentos como CDB, LCA, LCI, entre outros. Portanto, eles são tão seguros quanto a poupança – além de renderem mais.

3. “Aniversário da poupança”

Outro ponto negativo da poupança é a liquidez. Apesar do benefício de você poder tirar dinheiro da sua poupança e, na mesma hora, ela estar na sua corrente, existe o contraponto da rentabilidade que não é diária.

Por exemplo, se você investiu seu dinheiro no dia 10, mas precisa retirar esse dinheiro no dia 9 do mês seguinte, significa que você não vai ter rentabilidade nenhuma.

Em outras formas de investimento isso não acontece. O seu rendimento é feito de forma constante, todos os dias, sobre o valor investido. Assim, por mais que você saque antes de uma data prevista, você já tem o seu rendimento garantido.

4. Sem taxa de administração, mas sem lucro

Este, provavelmente, é um dos maiores mitos acerca da poupança. Apesar do ponto positivo de não haver nenhuma taxa de administração – que geralmente existe em outras formas de investimento de renda fixa -, alguns bancos podem cobrar taxas na hora do saque ou até mesmo na hora da transferência para a sua conta. 

Além disso, mesmo que alguns bancos possuem taxa de administração, pense que, de uma forma ou de outra, eles rendem mais do que a poupança. Na ponta do lápis – e na opinião dos investidores – , isso significa que o rendimento da poupança é o pior negócio a se fazer em relação aos investimentos!

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